Ontem fui ao festival ImigrArte, dois dias de concertos, espectáculos, actividades e teatro para festejar e promover as culturas diversas dos imigrantes aqui em Lisboa. Algo que me impressionou foi a obra de teatro forum, que se tratava dos obstáculos dos “imigrantes” em Portugal, ainda presentes para aqueles que nasceram aqui, cresceram aqui, mas não têm cartão de cidadão.

ImigrArte é um festival que tem como objetivo juntar os imigrantes procedentes de qualquer país do mundo que se encontram aqui em Lisboa para passar dois dias a expor aspectos variados da cultura deles, e também para abrir um espaço do debate sobre o que significa ser imigrante, tanto as coisas boas como as coisas más.

Este ano foi a sexta edição de este festival. A evolução entre o festival do que eu me lembro em 2007-08 tem resultado na incorporação em muitas mais actividades, em vez de centrar-se só numa festival de música.

Esta edição tomou lugar no Mercado da Ribeira, na sala principal puseram o palco, onde expuseram uma variedade de músicas e danças tradicionais em torno do mundo – dos países lusófonos – Cabo Verde, Brasil, Angola e mais, até países da Europa do Leste como Moldávia e Ucraniana, até os países asiáticos, como Nepal. Foi um verdadeiro prazer experimentar os sons, instrumentos e movimentos de cada esquina do mundo.

Além disso, a sala estava cheia de comidas e bebidas típicas de cada país que se presentou aqui, que deu um gosto especial ao dia. Mas o que a mim me afectou mais foi o exemplo de teatro forum que apresentaram, numa sala ao lado, junto com os ganchos da carne usados nos dias úteis do mercado.

Para quem não saiba, o teatro forum é uma forma de teatro interactivo desenvolvido pelo director brasileiro Augusto Boal, também chamado o Teatro do Oprimido. Nesse tipo de teatro tem o actor-espectador, porque o espectador não tem um papel passivo, senão deveria envolver-se na obra, para dar ideias aos actores de como poderiam sair das situações de opressão em que se encontram.
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Ontem, o tema de debate foi a imigração e a cidadania. Tratava de um jovem, de descendência caboverdiano, mas que tinha nascido e crescido aqui em Portugal. Apesar de sentir-se realmente português, não foi aceita como cidadão, senão recebeu um cartão de residência permanente. Isso não permitia que ele juntasse ao exército (ou qualquer outra função pública), que foi o sonho dele.

A interação entre os actores no palco e os espectadores que subiram lá para expor as ideias deles jogou luz a muitos obstáculos e possíveis soluções que enfrentam os imigrantes hoje em dia, não só em Portugal, mas em todo o mundo. Fez-me pensar em muitas coisas que não tinham passado pela minha cabeça nunca, particularmente o facto de ter nascido, crescido, num país, de sentir-se mesmo uma pessoa de essa nacionalidade, mas de ter de pagar e mostrar documentos para uma esperança distante de receber a cidadania completa.

Isso fez-me contemplar mais profundamente a situação pelo menos em Europa em geral nesses últimos anos. Com a crise económica, é fácil ver as políticas de países frente imigrantes tornarem-se mais e mais hostis, numa reacção contra os problemas que cada país está a sofrer. É uma realidade que para mim é muito preocupante, e o que me da esperança no futuro é que seguimos tendo este tipo de evento para agradecer a diversidade que temos em nossos países, e que seguimos tendo pessoas que querem falar das realidades dos imigrantes, porque é assim que podemos conseguir mudanças. É por viver em comunidades ricas e diversas que podemos superar os problemas, não por fechar-nos com só os nossos “paisanos”. Isso só resultaria num mundo com mais prejuízo, menos variedade e menos compreensão.

 

 

 

 

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